Brasil experimental arte: Hélio Oiticica ganha exposição no Itaú Cultural no mês dos seus 30 anos de falecimento.


``Minha abordagem sempre foi e sempre será experimental: do meu ponto de vista a única postura realmente inventiva e completamente criativa (o que significa: inteligente, não colonizado) é experimental´´

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Neoconcreto

HÉLIO OITICICA

Nasce em 26 de julho de 1937 no Rio de Janeiro e faleceu no dia 29 de março em 1980 em seu apartamento no Rio de Janeiro


A partir de março, o Itaú Cultural homenageia um dos maiores artistas brasileiros, Hélio Oiticica. Com curadoria de Fernando Cocchiarale e César Oiticica Filho, a exposição “Hélio Oiticica – Museu É o Mundo” abre com uma série de ações e atividades imperdíveis.
Artista consciente do próprio trabalho, Oiticica deixou um extenso legado não só pelas muitas obras referenciais, mas também por sua visão incomum sobre o papel do artista. Aproximadamente 117 de suas obras, bastante contemporâneas e atuais em suas propostas, são exibidas nesta exposição, algumas delas espalhadas por parques e espaços da cidade de São Paulo.


A abertura acontece às 11h do dia 20 de março e, a partir das 12h, 15 integrantes da escola de samba Mangueira realizam uma performance, vestindo os Parangolés de Oiticica. No mesmo horário, Jards Macalé e atores convidados do Teatro Oficina farão uma intervenção na obra Rhodislândia, exposta no segundo subsolo do instituto.
Hélio Oiticica – Museu É o Mundo fica em cartaz até 16 de maio. E, durante esses quase dois meses, você visita a exposição e aproveita uma série de eventos paralelos. Abaixo, informações sobre cada um deles e, no saiba mais, você obtém mais detalhes.
No dia 14 de abril, lançamento da revista virtual, com conteúdo especial sobre a vida e a trajetória de Hélio Oiticica, incluindo páginas especialmente elaboradas para crianças.




Dossie:


Hélio Oiticica explica como surgiu a COSCOMOCA, junto com Neville d'Almeida. Insiste no fato de ser um "programa aberto". Relaciona as experiências em Cosmococa com o conceito de "quase-cinema". Fala da "relação espectador-espetáculo (mantida pelo cinema - desintegrada pela TV)". O objetivo é questionar a "unilateralidade do cinema-espetáculo".Afirma que Godard "fundou o antes dele e o depois dele", tornando-se para o cinema o que o Mondrian é para as "artes plásticas". Explicação da invenção "MANCOQUILAGENS" de Neville d'Almeida, paralelamente à discussão do "plágio"; segue outra explicação conceitual para justificar a ordem de projeção dos slides.No dia 08/03/1974, retoma o texto discutindo o státus da imagem e a posição experimental do artista (tangenciando o problema da arte multimídia).Insiste nas instruções que acompanham as projeções das CCs (performances particulares para poucas pessoas e performances públicas, organizadas como jogos coletivos).Expõe as idéias centrais dos blocos-experiências sem Neville. São: CC6 (com Thomas Valentin); CC7 (para Guy Brett); e CC9 (para Carlos Vergara).


Filmografia:


-Agripina é Roma-Manhattan, NY, 1972 - Super-8

- Neyrótica, NY, 1973


-Cosmococa. Programa in progress, NY, 1973, em parceria com o cineasta Neville D Almeida


-Helena Inventa Ângela Maria, Ny, 1975



Ator:

Filme Câncer, de Glauber Rocha
Filme Dr. Dionélio, de Ivan Cardoso
Filme O segredo da múmia, de Ivan Cardoso
Filme Uma vez Flamengo, de Ricardo Solderg
Filme HO, de Ivan Cardoso


Vídeos:


H.O.N.Y. (87), de Marcos Bonisson e Tavinho Paes
Lygia Clark e Hélio Oiticica (87), de Belisário França
Hélio Mangueira Oiticica, de César Oiticica Filho e Andreas Valentin


Hélio Oiticica - Museu é o mundo

Curadoria de Fernando Cochiaralle e César Oiticica Filho

Exposição: 21/03/2010 a 16/05/2010


Mostra homenageia 30 anos da morte deste vanguardista da arte brasileira e reúne mais de 100 obras, sete vídeos e textos escritos por ele que revelam o seu processo criativo. De acordo com a curadoria, trata-se da maior exposição já feita em São Paulo sobre o processo criativo de Oiticica. Hélio Oiticica – Museu é o Mundo ocupa os três andares do espaço expositivo do instituto e ainda exibe alguns Penetráveis em espaços públicos como a Casa das Rosas, o Teatro Oficina, a Pinacoteca do Estado, o Parque Ibirapuera e o Parque Mário Covas. pintura, objeto, instalação


Avenida Paulista 149 Jardim Paulista - Paraíso

São Paulo / São Paulo / Brasil

55-11-2168-170055-11-2168-1775

instituto@itaucultural.org.br




Livros de referencia:


Escritos de Artistas: Anos 60/70 Gloria Ferreira (Org.); Cecília Cotrim (Org.)


Helio Oiticica Cesar Oiticica Filho (Org.); Ingrid Vieira (Org.)


Tropicalia: Uma Revolução Na Cultura Brasileira Carlos Basualdo (Org.)


Helio Oiticica: A Pintura Depois do Quadro Helio Oiticica

Hélio Oiticica. Centro de Arte Hélio Oiticia. RJ; Galerie nationele du Jeu de Paume, Paris. Catálogo


A Invenção de Hélio Oiticica. 1992 Celso Favaretto


Cartas: 1964-74. Hélio Oiticica e Lygia Clark.


Aspiro ao grande labirinto, 1986 Hélio Oiticica


Quase Cinema – Cinema de Artista no Brasil, 1970/80, Ligia Canongia, 1981


Seja Marginal, Seja Herói: modernidade e pós-modernidade em Hélio Oiticica, 1998,José Maria Justino.


Hélio Oiticica: qual é o parangolé, 1996,Wally Salomão.

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